Criado com o objetivo de criar conexões entre os universos do empreendedorismo e das pesquisas acadêmicas, o Catalisa ICT já apoiou mais de 2,8 mil pesquisadores que desenvolveram projetos com potencial de virarem negócios inovadores. A iniciativa coordenada pelo Sebrae contempla inovações em diversos segmentos empresariais, conectando players do ecossistema de inovação brasileiro que, de forma colaborativa, ampliam as trocas de conhecimento de modo digital, democrático e escalável.

A analista de inovação do Sebrae e gestora do Catalisa ICT, Adriana Dantas, explica que a iniciativa é focada em transformar ciência em mais riquezas para o país. “Por meio de seleção de pesquisas com potencial de inovação, atividades de aceleração dos planos de inovação, capacitação, mentoria e fomento as pesquisas científicas são transformadas em negócios inovadores de alta tecnologia, verdadeiras deep techs, como são conhecidas as startups desse tipo. Assim, atuamos no desenvolvimento da economia brasileira, com ênfase na reindustrialização. É como se transformássemos ciência, além do avanço do conhecimento, também em Produto Interno Bruto”, compara.

Apoiando mestres e doutores de todo país, o Catalisa ICT é uma jornada de aceleração que dura cerca de quatro anos, contemplando uma trilha de inovação aberta específica, que garante acesso às mentorias, consultorias especializadas, capacitação em gestão e acesso ao universo empresarial. A previsão é que o próximo edital 2023 seja publicado ainda no primeiro semestre.

O Catalisa ICT já apoiou mais de 1 mil pesquisadores, resultando em 270 planos de inovação. Desse conjunto, 100 já foram convertidos em empresas e outros 112 estão em formalização. 41% dos projetos são liderados por mulheres e a maioria está voltada para as áreas da saúde e do agronegócio.

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Thamires Pontes, CEO da Phycolabs, startup de biotech focada em desenvolver e licenciar tecnologias à base de algas, integrou o Catalisa ICT e obteve resultados “extraordinários”. “Muitas vezes temos pesquisas e estudos com um grande potencial inovador, mas nem sempre são inseridas no mercado por meio de produtos e serviços viáveis. Acredito que o grande diferencial do Catalisa ICT é se revelar como uma ferramenta propulsora de negócios comprometidos com a sustentabilidade, a ciência e a tecnologia”, destaca.

Ao se recordar de sua trajetória no Catalisa ICT, Thamires diz que teve sua mentalidade transformada. Segundo a empreendedora, após a participação, aprendeu a dinamizar e aplicar o empreendedorismo em suas pesquisas acadêmicas. “Fiquei muito feliz pelos resultados para a minha empresa, investimentos em novos produtos, serviços e

tecnologias, e pelas pessoas que conheci. Há, ainda os valores que não são tangíveis, como o conhecimento e a partilha durante o programa. Já estou pensando na edição deste ano que desejo participar novamente”, ressalta ela.

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