Esse título é um trecho do nosso hino acreano, traz um pouco do sentimento envolvido no início do processo de estruturação do ecossistema de inovação acreano, carinhosamente conhecido como “Viveiro de Inovação”, vou te explicar o porquê: vivemos no extremo ocidente da Amazônia Brasileira com uma serie de dificuldades peculiares de região ditas como periféricas (tempo, logística, distância, integração etc.).
Mesmo com todas essas adversidades, estamos traçando um caminho exitoso para o estado no desenvolvimento de empresas inovadoras e estamos convencidos de que podemos – juntos governo, sociedade civil, academia e empresas – iniciar um movimento que vai mudar a história econômica do estado nos próximos 10 anos, e é sobre isso que quero falar agora.
Bem, para melhor entendimento de como este ecossistema está sendo trabalhado é importante dizer que o Viveiro de Inovação tem como epicentro o município de Rio Branco e identificou duas grandes frentes necessárias ao seu desenvolvimento, são elas:
- O engajamento dos principais atores do ecossistema (Governo, academia, sociedade civil e empresas), trabalhando juntos, buscando um norte único para ativar recursos locais.
- A identificação e a resolução dos principais problemas que impedem o desenvolvimento do Viveiro da Inovação.
Olhando para estas duas frentes e com a certeza de que um ambiente propício à inovação é fundamental para a competitividade das empresas e para a diversificação econômica dos municípios, diversas entidades de Governo, sociedade civil organizada, setor produtivo e Instituições de ensino superior, vêm desenvolvendo ações conjuntas para organizar e fortalecer o ecossistema de inovação do estado. Assim foi criado um planejamento com o intuito de dar melhores condições e estimular empreendedores a gerar e desenvolver empreendimentos mais inovadores.
O planejamento de intervenção para o desenvolvimento do Viveiro de Inovação focou em ações que pudessem:
- Fortalecer e tornar os ambientes de inovação acessíveis aos empreendedores, além de estimular o surgimento de novos;
- Conectar os programas e ações existentes para o desenvolvimento do ecossistema;
- Potencializar as Instituições de Ciências, Tecnologia e Inovação – ICTIs colocando-as a serviço das startups e de empresas inovadoras;
- Induzir a criação de políticas públicas capazes de assegurar o nascimento e desenvolvimento de startups e de negócios com base na inovação;
- Buscar a atração de investimentos (investidores anjo, venture capital, instituições de fomento etc.) gerando condições para que este enxergue todo o potencial de negócio existente;
- Criar uma governança forte para que os diferentes atores e instituições da quádrupla hélice interajam para promover o fortalecimento do ecossistema de inovação.
Com o arcabouço destas ações em prática pretende-se em curto prazo gerar um volume expressivo de startups, desenvolver e consolidar empresas inovadoras impulsionando as novas atividades econômicas e assim fazendo girar a roda da inovação.
Atualmente contamos com 58 instituições que fazem parte de um pacto pela inovação no Acre e temos notado que na medida em que se articulam e percebem a importância de haver complementariedade de mecanismos, programas, projetos e ações, os resultados se desenvolvem de maneira exponencial impulsionando a economia do estado.
Este ano participamos da maior premiação de inovação do país, o Prêmio Nacional de Inovação – PNI que incentiva e reconhece os esforços do ecossistema, impactos gerados e a evolução obtida nos últimos dois anos. Fomos reconhecidos como um dos três melhores ecossistemas de inovação em estágio inicial do país, resultado dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos e da certeza de que estamos trilhando um caminho promissor.
Seguimos fortes e confiantes de que em pouco tempo o Acre será um dos estados destaques em inovação pelo país, então sigamos sempre: Sem recuar, sem cair e sem temer juntos pelo desenvolvimento do ecossistema e demonstrando que mesmo estando na ponta do país, onde o vento faz a curva podemos inovar e ser referência em empreendedorismo e inovação.
Por Jorge Freitas/Startupi